10 imagens que vimos em nossa segunda investigação — e está difícil de esquecer

No dia 28 de novembro, nós tornamos pública nossa segunda investigação no Brasil. Imagens foram gravadas em uma granja cooperada da Aurora, a terceira maior produtora de proteína animal do Brasil, revelando cenas que expõem a terrível situação a que os porcos são submetidos desde o momento em que nascem.

Nós selecionamos algumas das cenas que jamais conseguiremos esquecer:

1. Dentes dos porquinhos são serrados


Para evitar que eles se machuquem mais gravemente durante as brigas que acontecem devido ao reduzido espaço em que vivem, porquinhos com menos de uma semana de vida têm os dentes serrados sem qualquer tipo de anestésico.

2. Celas minúsculas


As porcas são confinadas no que é chamado de cela de gestação ou de maternidade: um espaço entre grades em que elas passam a maior parte da vida gestando e tendo seus filhotes, e que de tão reduzido sequer permite que elas se virem de lado ou vivam com um mínimo de conforto. Nessa imagem dá para ver a quantidade de porcas presas nesses minúsculos espaços.

3. Porcas indo à loucura


Como resultado do confinamento e resposta ao estresse e à frustração a que são submetidas, as porcas desenvolvem uma mania de morder a grade da cela. É um comportamento comum à maioria das porcas criadas presas, e pode ser observado em diversos vídeos feitos nas fazendas. Literalmente, quer dizer que elas estão ficando loucas. É tristíssimo.

4. Esse olhar


Precisa dizer algo sobre isso? Esse animal extremamente inteligente, sociável e comunicativo está pedindo socorro.

5. Porquinhos são mutilados sem anestesia


Orelhas e rabos são simplesmente cortados. Nenhum anestésico é usado. A gente mal pode imaginar a dor que esses bebês sentem por causa dessas práticas terríveis e inaceitáveis.

6. Essa mãe preocupada


Enquanto os porquinhos estão tendo seus rabos e orelhas cortadas, as mães, impotentes e presas, não sabem o que fazer. A preocupação é visível, elas ficam olhando e cuidando o tempo todo, preocupadas com seus filhotes, que gritam de dor. No vídeo é possível ver como elas tentam de todo jeito encontrar uma brecha na grade da cela para fazer algo pelos seus bebês. Imagina a tristeza dessa mãe ao ver tamanho sofrimento e não conseguir fazer nada para impedir o sofrimento de seu filhote.

7. É uma mãe, não uma máquina


Nenhuma mãe deveria ter seus filhotes dessa forma. Ela mal consegue se virar e cuidar dos porquinhos como gostaria. Os filhotes também ficam separados dela por meio de barras de ferro. Ela é tratada como uma máquina e explorada ao limite apenas pelo seu potencial reprodutivo.

Vale lembrar que o uso de celas de gestação para porcas já foi proibido na Europa e nos Estados Unidos e continua sendo extremamente comum no Brasil, mesmo nos maiores e mais “modernos” produtores do país. Essas cenas, flagradas em uma produtora, infelizmente não são a exceção: elas representam a forma como a maior parte da carne de porco do Brasil é produzida.

Veja com seus próprios olhos o vídeo completo: 


Se você também não concorda com a forma como esses animais inteligentes, sensíveis e sociáveis são tratados, gostaríamos de te pedir duas coisas: primeiro, que você assine a petição pedindo que o Grupo Pão de Açúcar pare de comprar de fornecedores que confinam animais em celas ou gaiolas e que realizam procedimentos dolorosos (apesar de ser algo longe do ideal, isso pode reduzir drasticamente o sofrimento intenso de milhões de animais); e, segundo, que junte-se a nós em uma dieta vegetariana, que é a única solução real para que os animais deixem de ser explorados. Clique aqui para saber como começar.